domingo, 12 de julho de 2009

Por que é que os jovens adoram as redes sociais?

Contribuição do colega João Carrega
As respostas a esta e outras questões tentam ser feitas neste artigo, o qual começa por referir claramente que há uma percentagem elevada (e os números pecam por defeito) de adolescentes que aderem às redes sociais. E aqueles que não aderem são um de dois tipos: os que não têm possibilidade de aderir - estão desconectados, e os que se recusam conscientemente (ou porque querem protestar - todos conhecem a essência do MySpace, ou se é contra ou a favor -, ou porque concordam com os conceitos morais dos seus pais).

Indo ao encontro daquilo que também é evidenciado noutros artigos aqui resumidos, há temas que os adolescentes consideram importantes. A música é um deles, e o sucesso o MySpace passou também por aí. As bandas começaram a ter uma nova forma de comunicar com os seus fãs. Surge assim também uma oportunidade dos adolescentes terem um relacionamento com as suas bandas favoritas e, ao mesmo tempo, esboçarem uma representação pessoal numa comunidade em ascenção.

Uma comunidade que tem as suas regras e que os adolescentes querem cumprir, sob a forma de serem rotulados. O perfil surge como algo de fundamental no processo. O desejo de ser fixe é ter amigos e ser validado pelos pares. Mas não se podem ter demasiados amigos. É fixe ter amigos, mas não se podem ter muitos correndo o risco de ser visto como «prostituta» do MySpace.

Uma outra questão interessante diz respeito ao facto dos adolescentes encararem o MySpace como um espaço de adolescentes para adolescentes, o qual deveria ser vedado aos adultos. E a incursão dos adultos nesse espaço, quer por considerarem a rede pública, quer para controlarem os seus filhos, fazem com que estes desenvolvam esquemas para evitar a intromissão dos adultos, criando por exemplo contas espelho.

Posto isto, os desafios que se colocam aos adultos, sobretudo àqueles que têm responsabilidades de educar os seus filhos, passa por descobrirem como educar os adolescentes para navegarem nas novas estruturas sociais que enfrentam.

A conclusão, apresentada pelo grupo 3, revela que "devemos procurar conhecer e aprender a utilizar este novo tipo de sociedade pública online para os conseguirmos ajudar na sua difícil tarefa de construção de identidade e sociabilização".

O problema, na minha perspectiva, é que uma parte significativa dos pais ou educadores nem sequer são «imigrantes digitais». Para muitos o MySpace ou outras redes sociais são algo de complicado e longínquo, pelo que dificilmente estarão preparados para enfrentar este fenómeno e todas as suas variantes...

Bibliografia:

Boyd, D. (2008). Why Youth ♥ Social Network Sites: The Role of Networked Publics in Teenage Social Life. In Youth, Identity, and Digital Media: 119-142.

A tradução do texto, realizada pelo grupo 3 encontra-se no link abaixo:

Tradução por Ana Marques, Josete Zimmer, João Monteiro e Octávio Silva Inácio


Disponível em http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/forum/discuss.php?d=146479

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