sábado, 27 de junho de 2009

Ainda sobre o Estudante Digital


Sobre a nova forma de aprender do estudante digital penso que esta é uma situação que já está posta, contudo, não necessariamente esse estudante está pronto para interagir com os professores e com o conteúdo de certo curso. É por essa razão que concordo com as colocações dos colegas no que diz respeito às mudanças que devem ser feitas, principalmente nas metodologias e estratégias de ensino. O grupo amarelo colocou de forma muito clara que é preciso redesenhar um novo ambiente de aprendizagem e identificar competências e habilidades necessárias para a aprendizagem dos alunos. Isso significa que o foco da aprendizagem está no aluno e não no professor. A diferença é que até pouco tempo o foco era o professor, ou seja, os professores eram os detentores do saber e os alunos penas receptores de informações baseadas em metodologias para transmissão de conhecimentos.
Para que a aprendizagem seja verdadeiramente focada no aluno, Palloff 2004, página 15, recomenda uma abordagem “autodirigida”, ou seja, “facilitadora” na aquisição de conhecimento. Essa aprendizagem autodirigida não é a pedagogia (ensino infantil) nem a Andragogia (ensino adulto). Palloff chama de “Eutagogia”, ou seja, o aluno digital não aprende sozinho. Embora exista toda uma gama de recursos digitais, a presença online do professor não está excluída. O diálogo e a troca de saberes auxiliam para o sucesso da aprendizagem. Ou seja, aprender colaborativamente, com o outro. Essa característica está contemplada nas apresentações de todos os grupos, com reforço no grupo amarelo que explicitou a necessidade dessas competências tanto para os alunos quanto para os professores.
Quanto a questão do preparo para o futuro, lançada pelo grupo verde (meu grupo), acredito que este preparo não está apenas no bom uso dos aparatos tecnológicos, e sim, nas estratégias de como tornar os estudantes pessoas melhores e mais preparadas para a vida com qualidade. O sucesso do estudante, digital ou não digital, a meu ver está no design instrucional da aprendizagem, ou seja, no planejamento, desenvolvimento e avaliação, tanto das atividades dos nativos digitais (estudantes de hoje), como também nos imigrantes digitais (nós, os professores).

Por Josete Zimmer

http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/forum/discuss.php?d=132661

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